Sou pássaro que deixou o ninho
e reaprende, dia a dia, a voar
Quero planar com asas de carinho
não saltitar de galho em galho sem parar
Porém, o galho onde te refazes
frágil, não suporta mais carga
por isso voa, não te atrases
que o vento da idade não nos larga
De parvo tenho pouco
mas d'inocente tenho sim
Porém mais tenho eu de louco
ao querer ter-te tanto assim.
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema