Silêncio no promontório das ilusões esquecidas, pelas passagens da vida, sem abrigo das dádivas. É sempre mutante o coração do dependente das quimeras, neste labirinto de procura sem o arrimo da esperança.
Vagueia, saltitante, a mente no ápice do destino fétido, qual pedra na corredeira sem caminho de escolha.
Silêncio no fim da vida, em vitrine de amarguras das fantasias superadas sem o laurel da fartura. Havendo, no fim, o “silêncio” absorvendo os raciocínios, por que ficarmos medrando pelas arestas dos caminhos?
Viva o “hoje” com realidade! Desdenhando o dia seguinte, porque, o amanhã, hoje será: Um pretérito... Eternamente! Porém, viva sem vegetar nos paludes das margens, fluindo na longitudinal: Pra o âmago do silêncio.
Em toda a peregrinação, seja honesto e piedoso, qual sacro conta-gotas, amenizando sofrimentos. Ao terminar a caminhada, já no portal do infinito, verás o umbral dos Céus... Que o silencio resguarda!
O silêncio é vácuo de Deus, que isola do mundo o Céu! Excedê-lo? Só com o amor, nutrido na jornada da FÉ!
Quando a ferrugem chegar aos seus membros senis, sigas adiante com ardor, não receando a velhice. Se a sua vida nublar escasseando projeção, olhe pra dentro de si, sem mágoas do passado
Quando seus órgãos cederem não resistindo à pressão, alimente-os com esperança de um porvir da sepultura.
Quando a sua casa esvaziar, para formar novos lares, vedai a lacuna com o amor, no doce seio da parceira.
Caso alguém lhe ofenda, sem dar-lhes razão plausível, engulas as mágoas latentes, perenizando os seus sorrisos. Ao domares as emoções na couraça do seu desprezo, elas escorrerão desvalidas e, o seu âmago será... Espiritual!
Quando o mal for vencedor, nos combates sem iguais, recolhas ao nicho do amor, deixando fora os animais!
Se o racismo imperar, humilhando a raça crioula, lembre o seu bucho ovular com tantas fezes e cebola! Quando a dor for triste, não fujas do lamento: Finja que ódio existe, navegando no tormento!
Quando a doença chegar, não evites o sofrimento, lembre de o verbo Amar! Conjugando-o para curar!
Quando a pobreza é vil, não perjures a miséria: Lembre do céu cor de anil sobre o limo da matéria! É patente o nosso avesso, no desdobrar do nada, nas prateleiras da vida, de nosso âmago corrupto. É visível às nossas falhas na solução dos problemas do emaranhado da existência do nosso saber tacanho.
É ilusória a nossa pressa, acumulando riquezas, em piso de barro terreno da nossa ânsia desmedida. É bisonho nosso esforço, na procura do perfeito, na miscelânea humana que cerceia o direito!
É vã a nossa luta, lapidando o giz de nossas falhas: Procurando o cerne...
A nossa honra é como giz
Ao qual queiramos afiar,
A cada corte lhe feito...
Espalhamos o pó pelo ar!
Sebastião Antônio BARACHO
conanbaracho@uol.com.br
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.