Nem sempre,
As madrugadas são iguais.
Existem as de sonos profundos.
E as de sofrimentos e ais.
Em sonhos vamos por aí.
Ontem, retornei no tempo.
Lá, você não mais estava.
E eu lhe chamei. Gritei.
Nada. E eu ali.
Quieta. Muda. Infeliz.
Na praia assentei.
Desenhei e escrevi.
Seu rosto e nome.
Chorei.
Gritei.
Sob um sol ardente.
Em vão te esperei.
Fixei meus olhos no céu.
Rezei.
Chorei.
Gritei seu nome.
Com uma onda,
Tudo se apagou.
Você se foi.
Eu fiquei.
Chorei.
Rezei.
Gritei seu nome.
Acordei.
Ainda em transe fiquei.
Do lado você não estava.
Minha alma inquieta.
Vi seu rosto lindo.
Sorrindo.
E se foi.
Gritei.
Olhos molhados.
Chorei.
Gritei seu nome.
Até hoje ainda grito.
Volte.
Estou aqui.
" Resta a esperança que, um dia,
Quem sabe...Você volte.
De uma forma carnal. Real.
E compense todo pranto.
E todos gritos da alma.
E volte tudo. E assim você.
Devolve-me a calma.
A paz.
Na alma."
Vera Salviano