Há poucas horas,
De você senti mágoa.
Tive dúvidas.
Não mais queria ver você.
Agora sinto saudades.
Reviro as lembranças.
Só acho seu jeito de ser.
Não digo que senti ódio.
Jamais sinto coisa ruim.
Senti uma revolta danada.
Porque não se lembra de mim.
Pensei, hoje é o fim.
Não sei o que acontece.
No momento em que escrevo.
Se é a água da bica.
Ou o vinho que bebo.
Só sei que toco uma ferida.
Escrevo e não percebo.
Você sabe do que estou falando.
Julga-me como quiser.
Sou ombro, carinho e ninho.
A hora que bem quer.
Abro o meu coração.
Mas quando me bate a dúvida.
Sofro com essa obsessão.
Às vezes sinto que é disfarce.
Seu jeito de comportar.
Em outras falta de atenção.
Mas de todo jeito que sinto.
Você não sai do meu coração.
Talvez a culpada sou eu.
Quando nego, querendo você.
Às vezes é pura loucura.
E vontade de te ver.
Quando nego meu desejo.
Você querendo carinho.
Eu querendo seu beijo.
Às vezes um louco amor.
Leva-me a agir assim.
Penso tanto em você.
Esquecendo de mim.
Também não posso afirmar.
Se também pensa em mim.
Se tudo é simples disfarce.
Ou também uma catarse.
Quando penso esquecer você.
Mudar meu foco, minha visão.
Vejo-me num labirinto.
Em tamanha confusão.
Ontem, tive um sinal.
Que alegrou o meu viver.
Hoje senti-me confusa.
O que vi me fez sofrer.
Cheguei a uma conclusão.
Amor, tem que ser incondicional.
Amo você nas alegrias.
Também, no momento mal.
Talvez assim tenha paz.
Amando você sem cobrança.
O que tiver que ser meu.
Se desejar me alcança.
" Quando digo que não amo mais você.
É porque mais você eu quero.
Procuro até você aparecer.
Rendo-me.
Mesmo se vou sofrer.
E você espero.
Até quando eu morrer.
Vera Salviano