Poemas : 

estação: Esperança

 
Eu te recebo,
ínclito outono,
em graça me cedo,
na alma te tomo

e que os meus dedos d'heras
se abracem à terra,
como se as esperas
fossem andorinhas,
saudades que traio,
promessas só minhas.

Eu te recebo,
súbito arrepio,
carícia e placebo,
seda, fogo e frio

e que os meus olhos d'águas
deslizem nas serras:
sementes que tragas
na flor das neblinas,
são já cores de maio
frutando as colinas.



Teresa Teixeira


 
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Sterea
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