RIOS DE FOGO
Faceiros, partilhamos balbucios
buscando sintonia e completude.
Os pensamentos lépidos, vadios
consentem que o desejo se desnude.
Sem fôlego, de fogo somos rios.
Declarações repletas de inquietude
ouvidos balsamizam e arrepios
dos corpos tomam posse, há lassitude.
À mesa dos prazeres, cobiçosos,
servidos de banquetes suntuosos,
apreciamos tudo sem recato.
A luz do riso frouxo é tingidura
da noite especial que nos pendura
nas almas, meu amor, lindo retrato.
Jerson Brito