Adotei um novo truque.
Finjo que estou morto
mesmo estando vivo.
Qual a razão de estar vivo
num mundo ameno?
Reavivo, principalmente,
o meu desgosto sereno.
Nunca irei abrir meus
olhos para a mentira.
Entregar-me-ei à apatia,
que em tudo que há, retira.
Nunca entendi estas
pessoas que são felizes.
Fazem questão de expor
isto em todos os cartazes.
Talvez fabrique o tal amor
em várias matrizes.
Estão sempre radiantes,
mas nunca capazes!
Eles nunca irão notar
suas profundas mediocridades?
Mesmo assim, ainda serão
notados em todas as cidades.
Não conseguem notar
que a felicidade é uma falácia
de rápida eficácia?