SER COMO O VENTO
... sem ponto
de partida e sem destino,
com seu quântico
comportamento a permitir
que tudo se lhe navegue suave
e livremente;
sem saber
o que seja passado, futuro ou presente,
apenas se pondo entre as coisas
de modo lindamente
perene,
sem mais
nenhuma pretensão além
do ondulatório instante do estranho
momento:
entre as árvores,
os mares, os céus, gentes,
e as pernas das beldades florescentes,
queria eu correr assim,
sem ponto
de partida e sem destino,
como um vento demasiado inocente
e demente!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)