Longe de pensar em ser perfeita.
De ser estrela no céu luzente.
Antes de querer ser fruta do fruto.
Eu sou medrosa, sim.
Sou humana e temente.
Sou discípula da química.
Mantenho distância da mímica.
Sou de amor a declarar.
É meu jeito de amar.
Sou do tempo da fotonovela.
Onde sempre no final.
Tudo acabava bem.
O galã levava flores pro seu bem.
Ja chorei vendo filmes de amor
Já sonhei ganhar uma flor.
Já dormi com um nome na mão.
Também esperei muito em vão.
Um pinta acima do lábio..
Muito ja me fez corar.
Desde o leiteiro ao banqueiro.
Gostavam de me elogiar.
Criada na linha dura.
Num regime militar.
Por tudo que me privavam.
Uma lágrima deixava rolar.
Sempre prezei boas amizades.
Guardando-as no coração.
Sou discípula do Amor.
Passo longe de confusão.
Uma coisa me intriga.
Simples do jeito que sou.
Por que a inveja me persegue?
Nunca gostei de disputa.
Nem de jogos de azar.
Sempre aonde apareço.
Sinto disputa no ar.
De cara faço um teste.
Sei logo se há empatia.
Comigo é oito ou oitenta.
Descarto a hipocrisia.
Quando gosto. Gosto mesmo.
Demonstro amor e atenção.
Preocupo e dou carinho.
Mas detesto adulação.
O que escrevo vem de dentro.
Sai quente do coração.
Ciúme até posso ter.
Como todo ser vivente.
De quem me tem amizade
E muda logo de repente.
Em cima do muro não me serve.
O morno Deus vomita.
Ou queira minha presença.
Ou de alguma cabrita.
Meu lema é Paz e Bem.
De sorriso faço questão.
Não gosto de aparecer.
Mas me gosto de atenção.
O bom humor é comigo.
Um pouco de doida também.
Nessa vida passageira...
Aproveita quem vive bem.
Gente que é muito certinha.
Nunca será das minhas.
Nesse mundo de disputa.
Por favor.
Não me cutuque com vara curta.
Pode até pisar no meu calo.
E até se sentir por cima.
Nas voltas que o mundo dá.
Deixe estar.
Ainda topamos numa esquina.
A vida ensina...Ah ensina!
Vera Salviano
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
