Em coma do vasto horizonte,
É tudo em que me sinto,
Onde tento fugir à saudade,
Que parece um labirinto
Amor aquele que se foi,
Foi esquecido morto,
Ou melhor derrotado,
Na hora que causou desgosto
Na vasta pétala,
Em que me preenche a solidão,
Florido no meu jardim,
Que me guiou ilusão
No meu templo oculto,
Nos meus olhos vazios,
Foi ternura que deixei levar,
Nos arredores de rios
E naquela corrente abaixo,
Vejo todos os meus sonhos,
Irem sem nada a retomar,
Destruíndo pensamentos risonhos
Em algum lugar,
Longe da paisagem,
Ficará a minha lágrima,
Esbarrando uma miragem
São decisões com indecisões,
Por vários atalhos a seguir,
Esperando minha alma ,
Naquele amor emergir
E assim me vou,
No coro do meu silêncio,
Procurando um lugar,
Vagueado no vento frio
Neste sono que não dormia,
Nas horas que deram baladas,
Com a tonalidade do rouxinol,
Dentro de portas fechadas
Com esta prisão,
Perdoei lamentos escondidos,
Até os cravos murcharam,
Deixando os espinhos sofridos.
Hugo Dias 'Marduk'