Comecei a descobrir como se deve viver a vida na casa dos 40.
Me lembro do meu aniversário de 15 anos. Eu pensei: "Daqui a 15 anos, estarei completando 30. Vai demorar..."
Passaram-se 15 anos, mais 11 e cá estou eu, ainda absorvendo as mudanças que eu nem imaginava passar um dia.
Às vezes, a criança ainda chora dentro de mim. Pede colo e proteção.
Outras vezes, aflora a mulher, determinada, independente e impulsiva.
Me sinto confortável, aprendendo a viver assim, bem devagar.
Como o tronco marcado das árvores, assim sou eu.
Carrego em mim as marcas da vida. Elas me lembram os caminhos pelos quais percorri.
Durante as noites da minha vida, me guiei pela luz das estrelas. E na escuridão total, na esperança.
Tropecei várias e várias vezes, mas sempre me levantei. Sou uma fênix.
Sou o que deveria ser: humana e imperfeita, mas sempre disposta a aprender, cada dia mais.
Cláudia Banegas