Poemas : 

No final das manhãs

 
não insista. não és camaleão
para sonhar na minha árvore.

afaste-se. aprenda a ser
melhor sem máscaras
de pano e cera.

cenas de ameaça e esquecimento
repetem-se no mesmo palco.
giram candelabros no vento.

teu corpo desnudo não atrai
o brilho dos meus pecados.

és Narciso. estás morto.
guardo apenas as flores,
cores e mares e a poesia
dos teus olhos.

quase cheguei à sombra
mas logo voltei à luz.

diria que o impossível amor
abafa a alma com sinais de
medo e dor.
é inevitável.

continuo a gargalhar
longe dos fantasmas

e cantar um fado
no final da manhã.







Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
Autor
RaipoetaLonato2010
 
Texto
Data
Leituras
587
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
20 pontos
6
3
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Maryjun
Publicado: 02/10/2017 00:55  Atualizado: 02/10/2017 00:55
Membro de honra
Usuário desde: 30/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 7163
 Re: No final das manhãs
Boa noite,poeta,

Uma construção poética belíssima.
Demonstrando cuidado quanto a realidade!

Abraço,
Mary Jun



Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 02/10/2017 11:33  Atualizado: 02/10/2017 11:33
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: No final das manhãs P/RaipoetaLonato2010
...guarde bem as flores que bem as merece! O poema ficou lindo! Abraço Vólena


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/10/2017 23:58  Atualizado: 09/10/2017 23:58
 Re: No final das manhãs
Um belo poema que decanta um linda manhã de alvor