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Flamboyant

 
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Voltando à vida... _ Outro dia eu senti falta daquela larga avenida,
Em que no seu incessante movimento, do dia ou da noite,
A cada olhada minha, de admiração, a cada passo meu,
Uma estranha sensação de haver chegado ao lugar que busquei.
Recordo,
Eu fiquei muito triste
quando precisei retornar à minha rua duma via só,
Sem a sua voz, sem os seus beijos ardentes, que loucura.
Nesta minha ruazinha, quase esquina com uma outra avenida,
bem menos badalada, senti um vazio
por não poder todos os dias fazer parte do vai e vem dos seus passos,
eu, perdida, naquela multidão, em busca de movimentos contrários.
Isso foi num devaneio de um tempo bem distante...
Nunca estaremos no lugar certo,
A nossa alma estará viajando por esse mundo à fora,
Sabendo que;
Depois de mais um dia, quero avistar o mais lindo flamboyant,
que me inspira, que muitas vezes alivia alguma tristeza
e chegar ao número quatrocentos e mais um pouco...
Da rua que me viu nascer, crescer, e depois de tantos anos,
Ao abrir o portão da minha casa,
encontrarei um pedaço de paraíso,
Onde está
A verdadeira paz e felicidade
de estar no lugar que realmente lhe reconhece e lhe abraça.
Descobri que sou, como sou,
Sem nada esperar,
Além de reconhecer que a vida'
...Que a minha vida é esta alegria
de poder deitar os meus pensamentos
e com eles rolar até onde eu quiser!
E fazer muitas vezes dormir
alguns montros anônimos e torcer para
que eles nunca mais despertem;
_ Daqui a pouco
Darei boa noite às minhas manias... Certamente dormirei tranquila.
E despertarei para a minha rotina, sem dramas, sem uma outra vontade que não seja, essa de ir vivendo cada dia o amor pela minha existência, e das pessoas e paixões que escolhi. Esta é a minha verdadeira euforia.

_ Liduina do Nascimento

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Imagem - Luso Poemas
 
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Liduinan
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