Vento forte, geme, quero ouvir seu cansativo lamento.
Vem, ignora o sol que aos poucos deixou para trás,
Ignora também a lua, leve-a para longe de mim.
Traz a chuva, arrasta com ela, qualquer coisa que me convença,
Resfria este calor para o qual, não tenho mais paciência.
Que os meus meus sonhos se ergam invadindo a noite,
e que se espalhem tão audaciosos que rasguem as cortinas
e atropelem principalmente o meu tempo.
Sem as flores e os cantos matinais, tudo é mais fácil.
Não quero o brilho do sol pelos cantos da minha alma,
prefiro a penumbra das minhas fantasias. A esperança,
Tem uma cor que não combina mais com a noite
que abraça o impossível, no escuro nem se percebe cicatrizes
profundas causadas por ditos sentimentos, nos quais desacredito,
daqueles, que de amor nada compreende, ou ensina.
Até a dor, ah tanto o grito feliz como o de dor,
traz minhas convicções de que tudo, tudo é finito.
_ Liduina do Nascimento
Imagem - Luso Poemas
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