Consegue ouvir a minha voz? Estou perto da escuríssima luz, que é o meu algoz. Sinto-me numa dificílima jornada, atrás dos meus medos. Já perdi meu 'eu' algumas vezes, mas ainda me sinto deslizar. Escapei por entre meus dedos e não me ouvi gritar. Estou me procurando aqui, mas talvez eu já tenha corrido para a sua porta. A chuva ainda corta a minha total melancolia, batendo na janela... Uma outra voz me encoraja a me sentir de novíssimas, fáceis e falsas maneiras. Ah!... Já devo estar nas fogueiras inquisitoriais da minha própria masmorra. Minha vida perpassa minha mente, e não me deixa na frieza dos corações dessa gente!