Sim..
Arranhei todo o silêncio trepando pelas paredes
Desta imensa alumbrada solidão
Fechei cada fissura de tantas desilusões pré-fabricadas
Agonizando em digressões factuais nesta hereditária existência
Condenada ao degredo que recrio nas minhas poéticas digressões
Sim…
Definitivamente acordei todos os silêncios deslumbrados
Afagando o corpo do tempo escorrendo pelo tempo
Sem apelo nem agravo…assim desesperadamente castrado
Sim…
Despistei os ventos reverberando pelos quatro cantos
Da Terra, dividindo emoções, desmembrando corações interditos
Remediando todo desejo embebido num sonho por onde parasito
Sim…
Arquitectei a longura da noite húmida vestindo o
Lombo das mesmas estrelas brilhando no parapeito celestial
Luzindo entre os artelhos deste silêncio bamboleando tão sensorial
Sim…
Descalcei as sombras que passarinham chilreando confidenciais
Inaugurando com festivo ímpeto a intrépida palavra cantarolando
Esparramada entre nosso vocabulário apaixonante e crucial
Sim...
Em cada drink poético me embebedei saturado por tantos
Beijos orquestrados, viciantes , veementemente majorados
Na oficina dos desejos onde promulgo para sempre este amor
Agora tão revigorado
FC