MORMAÇO
Amor, quando me envolves num abraço
Daqueles que arrebatam, escaldantes
Em ti, maravilhosa musa, faço
Dos sonhos passarinhos adejantes
Se riscam no meu corpo leve traço
As tuas mãos sutis, arrepiantes
Despejo-me no colo do mormaço
Os poros vertem fogo, fervilhantes
A cada beijo longo, a cada toque
O paraíso as portas escancara
Extasiado fico, como em choque
Distante dos carinhos sofro, aflito
És vício irresistível que não sara
Contigo o chão se vai porque levito
Jerson Brito