VIDA PASSAGEIRA
(Jairo Nunes Bezerra)
A necessidade de escrever para mim torna-se inevitável. É escrevendo que libero os
meus desabafos cotidianos que ativam o meu cérebro velejando pelo presente , e
até pelo recente passado. O primeiro me impulsiona para o futuro enquanto a outra
etapa se metamorfoseia em saudades ativadas por emoções que se estabilizam num
espaço restrito por lembranças. É quando figurante prevalece a dúvida quanto a
minha partida para o além mesmo transformado em células desativadas, parte
das quais desarticuladas serão levadas pelos ventos figurando em noites enegrecidas,
coesas à aproximação dos luares.
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