[i]... em deserto,
sim, ando-me e me calo,
deixando-me
falar só no que chamam
de poesia;
e ao deserto,
cavo abismos e largas
e estranhas estradas que não
se colocam entre
as margens,
mas digo que,
como a pedra não tem culpa
[i]de quem a remove
para ser atirada,
o cão
não tem culpa,
se, quem entra em seu deserto
cheia de esplêndidas e ilusórias imagens,
queimar-se!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)