Estou cada vez mais afastada
do supérfluo,
encosto os sons da natureza
ao peito,
acende-se o pensamento
em faísca (des)coloridas…
Pergunto aos dias,
a razão de tantas (in)versões
nos olhos da humanidade?
Não tenho resposta,
a natureza fica em silêncio
enquanto eu olho
para o infinito das (in)certezas…
Perto, um pássaro dança com o vento…
Sorrio!
Descobro que o vazio
é um esplendor,
perante multidões aglomeradas,
agarradas a ilusões efémeras
e quase loucas…
Sigo os passos da natureza,
sonho e sorrio com o silêncio,
na solidão quente
de recolher dos dias o melhor de tudo…
Afastamento…(in)completo
onde as certezas são as asas da liberdade…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...