Feliz aquele que é infeliz.
Não tira proveito das coisas,
Não vive nem um segundo.
O déspota das feridas,
Band-eid para sua vida.
Talvez falasse um pouco,
Se ainda tivesse voz.
Desprovido de rimas
E de sua propia auto-estima.
O que virá depois da curva?
Será que ele ainda se importa?
Ele precisa do brilho do sol,
Mas este já parou de brilhar.
Fendas profundas margeiam
Sua triste existência.
Voltando atrás no que diz,
Valsando através do tempo.
Ganha a vida perdendo os dias,
Escreve sobre não escrever.
Veste preto e pensa azul,
Desprovido de sentido.
Brilho eterno
De uma mente depressiva.
Nunca vai ver além
Do que não existe.
Ele precisa de algo
Para se sentir real.
Se esforça para pensar
Que tudo isso é natural.
Seu astral está mais baixo
Que sua nota bimestral.
Sua morte é tão certa,
Quanto sua dúvida existencial.