O tempo passa por nós marcando cada etapa
De esperança abraçada às lembranças agora convertidas
Em gargalhadas que permeiam toda nossa perseverança
Represam mil caricias lânguidas, desmedidas ali acontecendo
Neste destro abissal silêncio convalescendo expedito...tão colossal
Sem mais emoções ficaram as noites opacas solitariamente
Abandonadas enchendo meus vazios potes das saudades
Com vagas de ilusões expelindo seus lamentos inconfundíveis
Até que o dia se emprenhe de novo desmascarando a
Luz escapulindo surpreendentemente imperceptível
Restou só o silêncio esmaecendo defronte de um afinado
Cântico imprescritível, bailando até ao último instante onde
Depositamos nossos seres rugindo vincados a uma memória
Insaciável e imbatível…planando entre órbitas de luz bordando
A noite com estrelas luzindo refasteladas de afectos incorruptíveis
Nem posso mais adiar esta esperança creditada em alegrias
Predilectas pois do coração escapam surdos gemidos fotografando
A solidão tão atribulada acampada num murmúrio saltimbanco
Despindo a doce ilusão mais confidente que cresce na indomável
Retórica de uma carícia que te empresto tão diligente e imutável
Perdura no tempo só uma saudade cunhada num labiríntico desejo
Escorrendo deste baldio momento, alimentando léguas e léguas
De um sonho embebedado de prazer tão subserviente, agasalhando
A alma com as sobras destes versos auspiciando o esdrúxulo desejo
Laqueando as trompas do silêncio mórbido e tão resiliente
FC