Poemas : 

No intermúndio dos nossos mundos

 
 
certas raízes…
não necessitam de galgar os muros
chegam-nos como as veias
ao imo do coração
irrigando com luz
os casulos da esperança
fragilizados pela incandescente escuridão

e assim tem sido…
mesmo diante do deserto árido da solidão
nunca me faltaram
teus braços de árvore
nem a memória doce
dos teus lindos traços
para continuar
a sonhar
de âmago
acordado



 
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Pizza
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Enviado por Tópico
atizviegas68
Publicado: 08/09/2017 07:05  Atualizado: 08/09/2017 07:05
Usuário desde: 09/08/2014
Localidade: Açores
Mensagens: 1538
 Re: No intermúndio dos nossos mundos
"O ermo
Quæ sint, quæ fuerint, quæ sunt ventura, trahentur.
(Virgílio.)

I

Ao ermo, ó musa: – além daqueles montes,
Que, em vaporoso manta rebuçados,
Avultam já na extrema do horizonte...
Eia, vamos; – lá onde a natureza
Bela e virgem se mostra aos olhos do homem,
Qual moça indiana, que as ingênuas graças
Em formosa nudez sem arte ostenta!...
Lá onde a solidão ante nós surge,
Majestosa e solene como um templo,
Em que sob as abóbadas sagradas,
Inundadas de luz e de harmonia,
Êxtase santo paira entre perfumes,
E se ouve a voz de Deus. – Ó musa, ao ermo!... "
(...)
© Bernardo Guimarães, In Cantos da Solidão, 1852

http://www.avozdapoesia.com.br/obras_ler.php?obra_id=2153

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/09/2017 11:23  Atualizado: 11/09/2017 11:23
 Re: No intermúndio dos nossos mundos
Um belo poema movendo os mais belos sentimentos