SANGRIAS
Olhando para as várias cicatrizes
Ao coração viagens proporciono
Rememorando os passos infelizes
Sangrias infernais de um longo outono
Sob o cinzel que fere os aprendizes
Penei qual reles pedra de carbono
Sofri mutilações, mas as raízes
Mantive alimentadas, são meu trono
Sarado, agora sei que os duros cortes
Em minha carne, embora doloridos
Forjaram pés guerreiros, braços fortes
Uma verdade que não se refuta:
Nós somos lapidados se pungidos
Crescendo mais e mais a cada luta
Jerson Brito