“Deito-me ao comprido na erva
E esqueço tudo quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem frio.
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma
De uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali:
Estava ali só o que ali estava.”
(Alberto Caieiro).
“Mesmo de olhos fechados
Vejo o que quero ver.
Não me importo com que querem que veja.
Cego me fiz aos olhos dos outros
Para ver o que quero ver.
Vejo além das coisas
As coisas além das coisas...
As que parecem que não estão ali.”
(Proteus).