Todo mundo diz-me que a poesia não é nenhum futuro
Mas quem falou que eu estava a pensar viver da mesma
Eu escrevo porque vejo em si um porto seguro
Foram mal informados o que não é de admirar, andam na mesma como a lesma
Então tem de meter lenha na fogueira
Pois sabem que só assim conseguem ter uma sólida carreira
Gostava de tomar conhecimento de quem vos educou
Para dizer na sua cara que fizeram um péssimo trabalho
Anos surpreenderam mas a sua vida ao invés não mudou
Pais uma vez desnaturados sempre desnaturados, quanto a isso não há volta a dar
O mais triste de tudo é que muitos dos seus filhos prosseguem-lhes as pisadas
Caso para dizer que filho de peixe sabe nadar
Clap clap clap
Tudo o que vocês conseguem fazer
Quando confrontados com um texto é ignorá-lo
Pois sempre dá menos esforço do que o ler
Fãs frustrados
É o que vocês são
Porque vossos planos saíram furados
Para disfarçar dizem blá blá blá
Quem está lá?
A máscara já caiu
Só um cego ainda não viu
Para terminar vou cantar por esse motivo psiu
Um minuto de silêncio
Por todas as vítimas
Do incêndio que elas próprias atearam
Temos aí o exemplo de umas belas obras-primas
O problema dos espertos é achar que todo mundo é idiota
And i am poliglota
Aceito tudo menos entrar na bancarrota
Nem que tenha de enfrentar toda vossa batota
Jogar limpo é comigo
Jogar sujo nem frente ao meu maior inimigo
Para quem fala que eu não descanso enquanto não me vingo só digo, siga para bingo
Para quem me tenta desviar do caminho puta que pariu
Mais vale sozinho do que mal acompanhado, acompanhado de um doente cio
O problema não é terem inveja
Podem tê-la arranjando uma distracção
Acontece que querem ter de bandeja
Inspiração sem com isso puxar pela razão
Para si, a cereja no topo do bolo
Todo mundo diz-me que a poesia não é nenhum futuro
Mas quem falou que eu estava a pensar viver da mesma
Eu escrevo porque vejo em si um porto seguro
Foram mal informados o que não é de admirar, andam na mesma como a lesma
Então tem de meter lenha na fogueira
Pois sabem que só assim conseguem ter uma sólida carreira
Até podem-me querer ver bem mas nunca melhor
Luz própria incomoda quem está na escuridão
Logo nunca vão entender o que é derramar lágrimas e suor
Bem como comer o pão que o diabo amassou
Tive que crescer rápido para contrariar a dor
Querem mostrar que estão mudados
Muito bem, lancem sem mais demoras, os dados
Parece que o jogo vai começar
Agora é que vamos ver quem vai ganhar
A poesia só é de quem sente
Mas quem me assiste é delinquente
Sem sentimentos, muito frio
Incapaz de continuar sob seu poderio
Vamos tocar o leitor através do seu coração
Isto se ele tiver um
Eu tenho a estranha sensação
Que nesse momento se escuta pum pum pum
Querem palavras aqui as têm da forma mais nua e crua
A culpa é vossa por não as saberem decifrar
Tudo isso porque andam com a cabeça na lua
(Deviam ter vergonha), só de pensarem em me tramar
Todo mundo diz-me que a poesia não é nenhum futuro
Mas quem falou que eu estava a pensar viver da mesma
Eu escrevo porque vejo em si um porto seguro
Foram mal informados o que não é de admirar, andam na mesma como a lesma
Então tem de meter lenha na fogueira
Pois sabem que só assim conseguem ter uma sólida carreira
Gostava de tomar conhecimento de quem vos educou
Para dizer na sua cara que fizeram um péssimo trabalho
Anos surpreenderam mas a sua vida ao invés não mudou
Pais uma vez desnaturados sempre desnaturados, quanto a isso não há volta a dar
O mais triste de tudo é que muitos dos seus filhos prosseguem-lhes as pisadas
Caso para dizer que filho de peixe sabe nadar
Clap clap clap