Talvez você minta
e nunca sinta
como se fosse real.
Tudo acaba no fim,
mas o que será de mim
quando eu estiver mal?
Cultivo esta solidão,
maltrato meu coração
como se fosse normal.
Abro outra ferida,
me desapego da vida e,
na raiz, arranco o mal.
É mais fácil cair,
quando não se pode subir
ou tentar de outro jeito.
Eu não espero melhoras,
pois já fazem horas
que corto meu peito.
Não consigo lembrar
das pessoas e do lugar
onde eu desisti.
Já não quero saber,
até parei de tentar
provar que já existi.