O coqueiro discursa,
mas ninguém ouve.
Nem os que usam,
amiúde, sua sombra,
perguntam o que houve.
Todos os cocos saem,
trilham seus caminhos.
mas o coqueiro, coitado,
não sai do seu lugar.
Condenado a ficar,
nunca se encontra,
mas sempre desconta
onde não pode alcançar.
E além de tudo isto
ainda há um porém:
ele pode ver todos,
mas não é visto
por ninguém.
Coqueiros em abundância...
Quem seria ele?
Apenas mais um...
Apenas um!
E assim como o coqueiro,
somos mais um.
Um pedaço pequeno
de toda a humanidade.