1º DESAFIO POÉTICO

Pois bem. As cartas estão na mesa. Aguardemos por esse jogo no dia primeiro onde não haverá ganhadores. Pelo contrário, todos hão de ganhar. Obrigado pela iniciativa, perseverança, altruísmo e boa vontade. Que seja o início de um novo ciclo no site. Beijos!

Sabia que essa ideia era do amigo Gyl!
Adorei o tema e estou animada!
Que chegue logo o dia 1 de setembro!
Beijos!
Janna

Amei o convite
Então que venha o dia poético
1º de setembro.

(Jerenino)

Parabenizo ao GYL pela luminosa sugestão. Participarei com gosto do evento. Paz e luz

O menor pensamento do poeta só
Soletra cada dia que passa ou fica
Ante os dedos na folha branca nua
Resume toda uma vida em raro pó
Descrevendo a sua ciência mística
Filosofia ou teoria de miúdo de rua

A questão de existir ou não uma poesia filosófica é um tema que, apesar de indiscutível, daria um tratado académico não consensual e intemporal, tal a distância a que nos levaria a discussão, a distância de toda uma vida que, por obrigação, percorreria toda a história que a humanidade tem para trás. Somos conhecedores dos pais da filosofia (entre Gregos e Romanos) que, entre os seus pares, eram também tidos como poetas, veja-se Marco Túlio Cícero (advogado, político, escritor, orador e filósofo) ou Séneca ou vela-se mais recentemente (este brasileiro e contemporâneo) Mário Miranda de Quintana:

"Já trazes, ao nascer, a tua filosofia.
As razões? Essas vêm posteriormente,
Tal como escolhes, na chapelaria,
A forma que mais te assente..."

E o também eterno Fernando Pessoa:

"Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar..."

Estes são apenas exemplos de como a poesia é filosofia, ou uma forma poética de filosofar. Se olharmos os conteúdos da grande maioria dos textos incluídos na vasta biblioteca do Luso-Poemas, poderemos, com facilidade, verificar que grande parte dos escritores desta casa apoiam a sua escrita em padrões comuns... a religião, o amor platónico, o amor real, o pensamento ou até mesmo o devaneio e a loucura. Os sentimentos pensam-se e as formas de os demonstrar são teorizadas, a religião debate-se em fórmulas filosóficas (a moral e a ética) desvendadas pelos salmos, a loucura despoleta capacidades de visionar o mundo de formas diferentes permitindo a discussão filosófica através de perspectivas extremas (as teorias do caos ou mesmo da conspiração).
À laia de conclusão desta ideia diria que não há teoria sem filosofia ou filosofia sem poesia, porque tudo na vida tem o seu lado poético.

Obrigado pelo carinho do convite. Que essa iniciativa venha trazer um "frescor" ao site. Penso que eventos assim hão de fazer surgir coisas novas e autores sentir-se-ao estimulados a quem sabe sair um pouco do "esquemão" e buscarem a criatividade que sabemos todos tem.


Abraços

Gostei da ideia
Obrigada pelo convite!
Vamos ver o que acontece...
Uma iniciativa louvável!
Beijocas

O menor pensamento do poeta só
Soletra cada dia que passa ou fica
Ante os dedos na folha branca nua
Resume toda uma vida em raro pó
Descrevendo a sua ciência mística
Filosofia ou teoria de miúdo de rua

A questão de existir ou não uma poesia filosófica é um tema que, apesar de indiscutível, daria um tratado académico não consensual e intemporal, tal a distância a que nos levaria a discussão, a distância de toda uma vida que, por obrigação, percorreria toda a história que a humanidade tem para trás. Somos conhecedores dos pais da filosofia (entre Gregos e Romanos) que, entre os seus pares, eram também tidos como poetas, veja-se Marco Túlio Cícero (advogado, político, escritor, orador e filósofo) ou Séneca ou vela-se mais recentemente (este brasileiro e contemporâneo) Mário Miranda de Quintana:

"Já trazes, ao nascer, a tua filosofia.
As razões? Essas vêm posteriormente,
Tal como escolhes, na chapelaria,
A forma que mais te assente..."

E o também eterno Fernando Pessoa:

"Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar..."

Estes são apenas exemplos de como a poesia é filosofia, ou uma forma poética de filosofar. Se olharmos os conteúdos da grande maioria dos textos incluídos na vasta biblioteca do Luso-Poemas, poderemos, com facilidade, verificar que grande parte dos escritores desta casa apoiam a sua escrita em padrões comuns... a religião, o amor platónico, o amor real, o pensamento ou até mesmo o devaneio e a loucura. Os sentimentos pensam-se e as formas de os demonstrar são teorizadas, a religião debate-se em fórmulas filosóficas (a moral e a ética) desvendadas pelos salmos, a loucura despoleta capacidades de visionar o mundo de formas diferentes permitindo a discussão filosófica através de perspectivas extremas (as teorias do caos ou mesmo da conspiração).
À laia de conclusão desta ideia diria que não há teoria sem filosofia ou filosofia sem poesia, porque tudo na vida tem o seu lado poético