Apresse-se em me ajudar... Deixe-me apenas o essencial, Quero a realidade, Seja como for, venha... É que àquelas mesmas estrelas, Nunca nos encontrarão juntos. Cada crepúsculo ido, Não levará o nosso olhar. Preciso parar de sonhar, Corta as minhas asas. Ah que vontade de encontrar o chão. Peço, só um pouco do teu vazio. Ensina-me à sentir a tua frieza, Nisso acreditar. Quando digo do teu vazio, Estou falando deste que ficou. Peço ainda mais um pouco; Empresta-me a tua indiferença, arranca de dentro de mim certas coisas que eu não posso mudar. Ficarei com a poesia, esta espécie de alegria e tristeza, ora, dor incontida, daquelas que você sufoca, silencia. Tem o momento que ela não suporta e grita. E sei, quando caminho por entre os eucaliptos, sentindo o seu cheiro, eu me engano, sinto uma sensação de liberdade indesejada e ao mesmo tempo de saudade do que nunca viverei. Eles não seriam ciprestes? Quando qualquer paisagem me fala de uma infinita perda irreparável, consigo enxergar a verdadeira face da minha alma que não sorri, há uma outra imagem invisível refletida no lago da tristeza, silenciosa, contrita.