Mágoa É uma mágoa que trago no meu peito, tão negra como a noite, e longa como o mar. Cresce e decresce no meu respirar e se transforma em pranto desfeito.
É uma mágoa que trago comigo, nasceu comigo, assim, desde menina. Primeiro era uma rosa pequenina a quem, zelosa, dei o meu abrigo.
Cresceu depressa. Comigo quis ficar, junto de mim foi dia e foi luar, foi alegria, desespero, pena...
Abro o peito, mas nunca quer fugir, anda vestida de lilás a florir, toda se estende neste meu poema.