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Saudades da Querência*

 
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É um mistério
Nossa vida nesse mundo,
Nos momentos mais profundos
Que a gente tem que passar.
a negra sorte, surge sempre no instante
Mostrando um semelhante,
Destruindo um pobre lar.

Há muito tempo, eu vivia lá na roça,
Morando numa palhoça,
Naquele velho sertão.
Nunca pensava,
Que uma triste despedida
Transformasse minha vida
Nesta negra solidão.

Passou-se o tempo,
Eu perdi a mocidade
Recebendo a crueldade
Que o destino me ofertou.
Quanta saudade, eu relembro aqui sozinho
Aquele velho ranchinho,
Onde eu era morador.

E hoje eu vivo,
Bem distante da querência
Minha velha residência
Ficou bem longe daqui.
Pra aliviar, esta minha dor tirana
Quero voltar pra chopana,
No sertão onde eu nasci...

*Biguá e Benedito Seviero.


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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