Quando Deus sangrou as rosas
golpeou a Primavera
às escarpas deu as rochas
e ao silêncio uma quimera.
Todo o vento é poeira
quando a esperança fica presa
aos escolhos da cegueira
que a vida nos põe à mesa.
E nas minhas mãos vazias
trago um mar feito de pedra
trago tudo o que não vias
o sonho de quem eu era.
Mas a vida continua
cheia d'Almas ansiosas
nosso amor nasceu da Lua
quando Deus Sangrou as rosas.
Quadras para a Tia Kika Archer.
Ricardo Maria Louro