Diz:
O beijo lhe excita,
Há seiva entre os dedos,
Que à pouco me servi,
Se arranca o véu,
Desata a sangria,
O punho ereto,
Não quer nem discutir,
Fere as bordas,
Alargando o canal,
Na eclosão,
Não há o que fingir.
Eu planto bicicleta,
Arranco bananeiras,
Só pra saber se ainda quer me repetir.
O REBENTO:
Mas que vergonha,
A cegonha enganou o patrão,
Enquanto se divertia na sala,
Vendo programa de televisão,
No quarto ela surfava,
Engolindo inteiro o potrão.
Passaram se nove noites e dias,
De insônia de chama e labor,
Nove noites após o nascente,
Exibia com o sorriso do pai o rebento,
Olhos arregalados, cabelo amassado,
Com a cor da cor do cimento.
Houve coro ,
Houve festa,
No do batismo do sacramento,
Fez registro,
Fez-se o que pode pro tal acontecimento,
Assim era o costume,
Era tudo feito num só consentimento,
Na frente da prole,
Em nome do rebento.