Sonetos : 

À DERIVA

 
À DERIVA


Navegando em coléricos mares
Sob açoites de graves procelas
Vejo o vento romper minhas velas
Agigantam-se lutas, pesares

Estremecem-me vigas, pilares
Apriosiono-me em álgidas celas
Adiante, voragens, aquelas
Em que irei respirar féleos ares

Ao balanço das águas ferozes
Ao capricho de insanas rajadas
Os meus sonhos entrego, perdido

Na esperança de ver meus algozes
Libertarem da dor as jornadas
À deriva, vagueio aturdido


Jerson Brito

 
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jersonbrito
 
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