Virar do avesso a noite e o dia
Sem sentir medo de ser gente
De dar passos curtos em frente
De sorrir e ser parte da alegria
Ou fazer da loucura indiferente
A página da vida em que vivia
Sentir livre o vento a cantar
E a dançar entre os montes
A desenhar novos horizontes
Ouço a minha mãe lembrar
O sabor da água das fontes
E o som das ondas do mar
Estar só entre dois altos muros
Sob o silêncio dos teus olhares
É como te pedir para lembrares
Que entre dois beijos tão puros
Ou algo mais que me roubares
Há um abraço e dois esconjuros
Ser de alguém sem ser de mim
É dor que trespassa, talvez mate
Feita dessa saudade que parte
Um princípio que sem ter fim
Faz do sonho uma obra de arte
Entrelaçada em pedaços de cetim
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma