Aqueles vielas estreitas
Onde se sofrem maleitas
De alguns amores perdidos.
Vielas com formas bizarras
Onde violas e guitarras
Soltam acordes sentidos.
Vielas tantas vezes cantadas
Por poetas e também trinadas
Por novos e velhos fadistas.
Vielas dos jovens namorados
E de alguns amores negados
Por certas razões bairristas.
São as vielas desta Lisboa
De Alfama e da Madragoa
Famosa a sua sardinha assada.
De manjericos ás janelas
Bailaricos até de madrugada
E há sempre um coração que voa.
Amores, amores brejeiros
Quando à luz dos candeeiros
Se encontra também o Cupido.
Beijos fogosos trocados
Dois corpos entrelaçados
Pelo St. António, protegidos.
A. da fonseca