Ocaso sereno de plácidas ramagens
Logrei conhecer-te em tempos de dor
De escolhas imberbes e loucas viagens
Na cata de cada ramalhete de amor
A distancia fitava teu vulto embaçado
Em noites e mais noites de sonhos febris
Contando apostas desse aio enganado
Devias apiedar-te de tão tolo aprendiz
De perto tua face me torna tranquilo,
O saber da existência teu semblante resume,
Garantes-me liberto e não o meu exílio,
Teu olhar silencioso é da paz o perfume
Acolhes-me agora em abraço amigo
Parceiros que fomos ao longo da vida,
Guardião inconteste e andante comigo,
Na trilha ascendente e depois na descida.
Entregue à sorte em conhecer-te abrigo
Repasso em reprise a vivenda jornada
De lá ouço acordes que solfejo contigo,
Na mais bela sonata pra mulher amada
Nem uma lágrima pro que fiz ou não fiz
Nem mais dirá, meus lamentos, saudade
Migrante de sonhos em despertar feliz
Reencontras-me em dias da melhor idade.