Poemas : 

Heróis de sangue

 
Segure minhas bombas,
Vou combater o mal
Na inevitável guerra

O aceitável é o inaceitável
Entre gente normal
Mas entre nós o insano é o natural

Homens de terno,
Matando feito animal
Sem fuzil, mirando o surreal
O homem de farda, mentiroso sobrenatural
Devora crianças e cérebros em seu café matinal
Grita, xinga e ameaça
Sonha, com um mundo débil mental

Brinque de soldadinho,
No jardim da mamãe,
Mas, se fugir e cair de cara
No mundo real
Será mais um inútil pesado
Que não pesa nada

O deus da guerra está gordo
Dizem que comerá mais
Entretanto,o deus da fome está comendo
E não precisa mais dividir
A refeição de gritos e tormentos
Terreno desta casa de pombas da paz

A liberdade é a arte
De se defender e atirar
A língua do moderno, a hipocrisia
Não é compreendida por homens a moda antiga
Não se iluda, mate ou vai morrer
Porque o vermelho precisa escorrer

 
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neon
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