IMPUDORES
Famintas dessa tua castidade
Pecaminosas feras urram, brutas
Debatem-se, salivam, dissolutas
Sentindo cheiro de lubricidade
Aguçam-me os desejos teus licores
A cada sorvo encontro o paraíso
Tu és a tentação do meu juízo
Melífero alimento de impudores
Rejubiloso adejo se me entranho
Nas garras de carícias chamejantes
Acossam-me explosões alucinantes
Da lava dulçorosa quero um banho
De ardência és farto cântaro... Que charme!
Espero em ti - sem rédeas! - lambuzar-me
Jerson Brito