Campeando eu vou a superfície álacre
E aromática de uma pele ebúrnea
Que pompeia a certa deliquescência
Impregnada em esplendentes essências
Que imitam sedas e finas filandras
Pousando em hiemais flores malandras
Desfraldadas pelo ar que as ablui.
Potência titânica, albugínea e lúbrica
No afago ígneo das tantas carícias,
Rouca voz em sussurros desiguais
Enquanto Zéfiro entra em fenestrais
De ouro onde os eflúvios do cardamomo
Perfumando ambiente e deixa o pomo
E o sumo, sorvido em carmínea taça
De lábios rosas, mármores brunidos
Na ebúrnea tez, em bocas estalidos,
Das línguas em esgrima, em desalinho:
Eco estranho dos safados... Gritinhos!
Gyl Ferrys