Foi para o mais alto das montanhas. Ali, sempre esquecia-se do mundo, Por dentro tantas tolas convicções. Dormiu dormiu sem querer mais um amanhecer, Passou horas isolado de tudo. Queria fazer de todos os dias, noite, Noites sem estrela, sem luar Sem conversas, sem aflições, Aquela então, seria uma noite em que nem se consegue sonhar. Quis em todos os seus desejos pôr o fim, Entregou-se à solidão, Ao amor, toda resistência. Fechou os seus olhos, nada mais queria, Se distanciou num para sempre seu. Era somente um ser, Numa fuga obsessiva da existência. Amanheceu e o esplendoroso céu brilhava! As janelas da vida estavam abertas, o pulsar do seu coração não se apagava. Despertou com o sol, adorou ver as margaridas, Agradeceu mais um dia que Deus lhe deu, Como é perfeito o dom da vida.