PORTOS DE UMA BREVE PARTIDA
Poemas pintados na parede
Poesias entocadas no vento
E gritos escorrendo nos rios
Almas bronzeadas de sol
Beijos esquecidos nos dedos
E corpos continuam loucos
Abraços com cheiro de infância
Laços abraçados de desejos
E portos da breve partida
Tardes guardadas na última página
Manhãs que viajam com a gente
E filhas que marcam onde chegar
Distâncias exatas da simetria do amor
Ternuras grudadas no último baton
E canções do inesquecível silêncio
Jardins irrigados com notas musicais
Santos de joelhos orando por nós
E imensidão é seu olhar que me vigia
Dos homens que nunca se esquecem
Que moram perto do último olhar
E vivem longe desse ponto final
José Veríssimo