Sentada te vejo, livro nas mãos
Por donde escorrem os poemas,
Em teu redor um clarão
Onde enredas meus sentimentos!
Amor, carinho, ternura, paixão
Tudo isso me dou com a vontade
Que me acelera a alma,
Que me aquece, que me acalma,
No arco iris em que estas vestida!
A tua cabeleira meio comprida
Que no rosto te tapa a metade
Na outra destapada a saudade
Que já sinto na tua partida.
Ana que de Bela tens o rosto
Lindo corpo esse teu, bem-posto,
Onde a tua alma nasce!
Olhei-te…
Olhaste-me…
Fugiste sem sequer dizer para onde ias
Sentindo eu que já sabias
Que nada mais te afastava de mim.
E foi assim…
Que tudo começou!
Sentada te vi, de livro nas mãos!
F.Serra