Ainda luz na cidade enquanto a noite
Dorme devagarinho, sonolenta deixando
Seus breus como pegadas indeléveis em
Cada suspiro adormecendo excepcional e inexorável
Ainda luz na cidade e nós afoitos acoitamo-nos em
Lençóis de cetim e desejamo-nos enfim acólitos…a preceito
Badalando cada suspiro que pernoita em silêncios
Quase perfeitos
Ainda luz na cidade e a madrugada por respeito retira
Seus véus à noite que ali trafega universal inquieta
Desarrumando os pensamentos mais súbtis que ferem
Nossos segredos apavorados analfabetos
Ainda luz e na cidade arrumo cada desejo semântico
Gritando na gramática do amor que agora pulsa fragrante
Deixando na olfactiva saudade o perfume de todos os
Lamentos implorando seduzidos dilectos exuberantes
FC