Pai João
Pai João, naquela fazenda
Quem candeava o carretão
Levava cana até a moenda
Subia e descia pelo grotão
Mas em uma tarde infeliz
Deu um temporal e trovão
Os dois bois se espantaram
Bem na curva do estradão
Dispararam então o carro
E derrubaram o Pai João
O velho morreu esmagado
Sob as rodas do carretão
Hoje na curva da estrada
Somente uma cruz existe
Faz lembrar o velho peão
E se ouve um cantar triste
E o carretão está jogado
No fundo do mangueirão
É a lembrança do passado
Do preto velho, Pai João.
jmd/Maringá, 30/07/17
verde
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