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Mar de desilusão

 
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Por: Liduina do Nascimento



Mar de desilusão

Esquecer que juntos fomos árvores,
Fomos meninos, fomos loucos...
Fomos,
por longas estradas
Sem olharmos pelo retrovisor,
Éramos um futuro cheirando a relva!
Fomos, confidentes dum amor desejado!
Esquecer?
Que um dia pensamos juntos,
que ouvimos a mesma melodia,
que lamentamos perdas,
Choramos juntos, enxugastes meu pranto,
Que nos consolamos olhando juntos a lua cheia!.
Desilusão.
Outro dia fui mar,
te fiz ouvir e banhar-se em minhas ondas,
ouvistes o barulho suave das conchas colhidas
sob as mesmas pegadas na praia.
Hoje que sou um riacho de águas,
dum doce enjoativo amor transparente,
Já não queres molhar os teus pés,
nem as tuas mãos que tanto desejo ainda.
O teu olhar já não me enxerga.
Ao som estridente do meu amor, tapastes teus ouvidos.
Sendo a mesma distância de outrora
quando o teu querer atravessava o tempo.
Da minha ' alma, nada mais queres,
Sequer tens piedade da dor que hoje é gemido.

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Liduinan
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