Cento e tantos por hora
Abro as janelas
A paisagem canta lá fora
Um uivo do destino
Numa reta que não dá fim aos meus olhos
Nos espelhos um só deserto
A máquina de tão perfeita
Parece sentir a batida do coração
Duzentos e tantos na hora
Tudo fechado
A máquina de tão perfeita parece sentir
Quero voar desse corpo, desse tempo
Quanto me resta
Qual será a hora certa
A paisagem canta sozinha lá fora
Trezentos e tantos na hora
A máquina não deixa que vire
Nem que adiante
A Hora
,,,mas Deus gosta de ser assim também, na forma de Eu!