O vento espalha o perfume
das folhas depois da chuva.
II
O rio aberto passa
nos meus ombros.
Naufraga em mim
um navio do outro
lado do mundo.
III
Adoro ver-te quando dormes;
meus dedos deslizam no teu
corpo de anjo.
Digo orações copiadas
do caderno amarelado
de minha avó...
Vibram as horas
quando penso
e quando falo
em ti.
IV
Servem às palavras
o ritmo das ondas do rio
nos meus ombros.
Poemas em ondas deslizam nas águas.