Sou católico, entretanto, apesar de crer nos ditames da minha religião, me vejo sendo protegido, desde a minha infância, por entidades Espíritas e/ou, Espirituais! Que, sem me exigirem compensações, me amparam, protegendo-me das eventualidades danosas que se acercam de mim. Em razão disso, passei a respeitar o Espiritismo puro, tanto quanto, à minha Igreja sediada em Roma.
A seguir, apresento algumas das intervenções paternais que me aliviaram sofrimentos, socorrendo-me nas dificuldades, no transcorrer da minha vida:
—Ainda criança, estive perdido nos carrascos e serras na cabeceira do rio Jequitinhonha, quando ouvi na mente uma voz que me orientava: “Entre nas águas do rio e bóie junto às margens!” Imediatamente, obedeci e, pouco tempo depois, cheguei ao povoado do Vau onde morava os meus avós e tios.
—Quando era soldado em Santa Rita do Cedro, fui tocaiado por um bandido, o qual, sentado sobre umas pedras que rodeavam cinzas, na beira de uma estrada, com uma arma em punho, me esperava. Passei por lá, toquei os dedos nas cinzas, entre as pernas Dele e, prossegui estrada a fora, acontecendo que uns colegas meus, poucos minutos depois, o prenderam e ele confessou a tocaia.
—No mesmo distrito, conheci o Velho Clemente, com mais de 120 anos, que era curandeiro e pescava onde não era visto peixes e, na minha frente, por várias vezes, ficou invisível, sempre me dizendo que eu tinha mais poder do que ele e só precisava me desenvolver, tendo me dito que, quando da tocaia que sofrera, Ele me colocara e ao bandido invisível.
—Quando estava na cidade de Carmésia, me engasguei com um osso de frango e, com dificuldade, fui de ônibus para a capital do meu Estado, no entanto, no coletivo, havia uma senhora ocupando a caixa de ferramenta por falta de lugar, naquele momento, ouvi uma voz que me determinava: “Troque de lugar com Ela!” Atendo de imediato, sob os reclames dos demais passageiros alegando que me encontrava passando mal. Tão logo troquei de lugar, viajando transversalmente ao sentido do coletivo, o osso se desprendeu e desceu para o meu estômago, chegando à capital passando bem e defecando o osso sem nenhuma seqüela.
—Na cidade de Monte Azul, dois irmãos foram assassinados e roubados no garimpo por dois empregados deles. Chegando ao local, deparei com um cadáver enterrado com a ponta do pé sendo comida por urubus, todavia, o irmão dele não foi localizado. Ao levar o cadáver para ser necropiciado, ouvi a informação mental: “O irmão dele está na mesma cata tapado de terra!” Voltei ao local e encontrei o outro cadáver bem abaixo do primeiro e na mesma cata.
—Fui acusado de furto de fuzil na cidade de Carmésia, durante o governo militar. Preso, fui levado para a capital e apresentado a um capitão para ser acareado com o comprador da arma na cidade de JOANÉSIA-MG. Tão logo me apresentei vil um soldado de cabelos vermelhos, meu conhecido, numa repartição próxima e, com permissão, me dirigiu a ele perguntando se, quando esteve comigo em Carmésia sabia do furto de um fuzil. Com Ele, alegando estar aposentado por deficiência mental, limitando-se a me responder que, apenas, vendera uma espingarda de carregar pela boca.
No trajeto para a acareação, a esposa do capitão, presente na diligência, mandou-me lavar os cabelos quando fosse acareado em razão dela ter visto o inquérito e, a diferença entre mim e o que vendera a arma, era só a cor dos cabelos e, os meus, pela viagem, estavam amarelados de poeira. Acreditando nela, lavei os cabelos, sem que o capitão visse e, na acareação, não fui reconhecido, porém, o capitão me disse que seria expulso por que a acareação não se deu correta por o comprador da arma ter medo da polícia.
Durante a viagem de retorno à capital, associei a pessoa do soldado que dissera ter vendido uma espingarda e ter o cabelo vermelho, com isso, pedi para ele ser ouvido, o qual, friamente, confessou o furto do fuzil, simplesmente me dizendo e, ao capitão, que não confessara antes em razão de ser culpado e eu inocente.
—Quando fui fazer provas eliminatórias para o curso de escrivão de polícia civil, na capital do meu Estado, tive as seguintes ajudas espirituais, embora soubesse, de antemão, que não passaria na prova física, que era de carregar um saco de cimento e subir por uma corda e, de datilografia, nessa, tendo que dar 180 toques, no mínimo, em três minutos, tendo, antes, treinado e conseguido dar apenas a metade.
No momento da prova física, o Delegado que dirigia a Sala do curso mandou-me chegar a uma janela da academia e ver quantos ônibus estavam na rua para deslocarem com os alunos para o DI da PMMG, onde haveria as provas físicas. Cheguei à janela e vi cinco ônibus estacionados, mas, quando ia responder ao chefe, uma voz interior me disse: “Fale que são apenas Três!” Mesmo estando mentindo, dei a informação errada, com o delegado dizendo: Quem já foi da polícia levante o braço! Sendo atendido por mim e outros colegas, com o delegado dizendo: Os policiais militares não precisam comprovar capacidade física por ter instruções todos os dias, vocês estão dispensado em razão disso e dos poucos coletivos à espera na rua.
Na prova de datilografia, enquanto os outros teclavam aceleradamente, com pequenas paradas para lerem o texto a ser copiado, novamente, na minha mente veio- me a orientação: “Decore tudo e, só depois, datilografe!” Não deu outra, passei na prova em primeiro lugar!
—Toda vez que estou em aperturas, à voz me vem a mentes e me livra dos entreveros, por exemplo:
- Quando tenho taquicardia, ensinam-me a contar as pulsações aceleradas ao contrário, da que localizar mais alta retornando a mais baixa e, logo em seguida, Ela desaparece voltando ao normal.
- Falta de ar, basta-me fechar a boca inspirar por oito segundos, segurar oito segundos e, soltar no mesmo tempo, pensado, mentalmente e, tudo normaliza.
- Há uns oito anos, procurei um oculista para trocar de óculos e, Ele, me examinando, me perguntou o que via quando fechava o olho esquerdo e, eu respondi que era como se vários grãos brilhantes de açúcar caindo, tendo me dito que o meu olho teria que ser operado na Capital do Estado, e me deu os documentos para a operação. Chegando em casa, na manhã seguinte, me veio a mente, “tampe o olho esquerdo e mire o sol por uns minutos durante 15 dias com o olho doente!” Obedeci e... Fiquei totalmente curado! Com o oculista trocando os meus óculos e me proibindo de dizer o ocorrido, sob a alegação de que teria ficado cego se prosseguisse olhando o sol.
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Para continuar relatando as ajudas que recebo, diariamente, precisaria de uma infinidade de folhas de papeis e da paciência do leitor delas, por isso, termino por aqui, anexando um texto meu, alusivo ao que procurei anunciar e, esclarecendo que, escrevi um livro, referente, em parte, ao assunto aqui tratado, nominado MISTÉRIOS! Que está na Mesa do Editor à disposição das editoras, por ser, ainda, inédito!
O DESVALIDO!
Desde que cheguei a “idade da razão”, apesar de ser católico, tenho tentado conhecer melhor o espiritismo puro de “Allan Kardec” em virtude dos casos misteriosos que comigo transcorre desde a minha mocidade, alguns deles inseridos acima, praticamente inexplicáveis na cátedra dita “normal”, por isso, comprei e li todos os livros alusivos, tentei me aproximar de vários centros espíritas, ora, por curiosidade, ora, com a intenção de me ilustrar a encontrar respostas, porém, tudo foi debalde, nunca fui aceito sem que me dessem uma explicação plausível e inteligível, pelo menos para mim. Reitero, a seguir, os eventos acontecidos quando das minhas tentativas de aproximação dos aludidos centros espíritas:
—há quarenta anos, fui convidado por um cabo, meu colega de profissão (na época), na cidade de Manhuaçu, até um centro espírita e, á paisano e incógnito, ocupei o último banco assistindo a um médium ingerindo bebidas alcoólicas, fumando um charuto e bolinando uma moça, de imediato os meus pensamentos foram de revolta, antes que saísse, o médium interrompeu a sessão e, apontando um dedo em riste para mim, gritou: Fora! Você não pode permanecer aqui! Sai praticamente correndo daquela sessão para não mais retornar.
—Anos depois, na cidade de Muriaé, relatando o fato anterior a uma escrivã do crime, que tinha um centro espírita, ela me convidou para comparecer em casa dela, no inicio daquela noite, que lá estaria reunida com vários médiuns de seu “centro”, atendi, e lá cheguei por volta de dezenove horas, no entanto, ela me atendeu de uma fresta da sua porta da sala me dizendo taxativamente: “Você não pode entrar! Os médiuns reunidos alegaram não poderem contê-lo, vá até a cidade de ITAPERUNA-RJ que, lá, eles terão condições de aceitá-lo! Saí decepcionado e não atendi o conselho dela.
—“Zé Isidoro”, um médium de SIMONÉSIA-MG. Dissera-me que eu “tinha poderes e que precisava me desenvolver num centro espírita”, por isso, há uma década, fui, incógnito, a um centro espírita de Coronel Fabriciano, onde moro, ocupei, calado, o último banco e fiquei assistindo um orador falando sobre o evangelho espírita e, estava gostando da sua palestra, no entanto, detrás de mim, apareceu uma senhora que me tirou do salão, me levou para uma grande sala, me deu água e me aconselhou a ir embora sob a alegação de que, atrás do orador, numa sala reservada, os espíritos chamados não “desciam” e me apontaram como o responsável por tal impedimento, indo mais além, disse-me que eu deveria tomas algumas aulas com eles, em dias alternados para, só então, participar das reuniões. Nunca mais voltei a tal centro.
—Há uns oito anos, assediado por um estranho, fui até o “Vale do Amanhecer” na cidade de Ipatinga, levando comigo minha filha Andréia. Ocupei um banco ao lado dela e de outras pessoas, tendo na minha frente, em plano um pouco superior, várias carteiras escolares, em cada uma delas, um médium ficava sentado ao lado de um “cliente” e, detrás do médium, outro médium dirigia os trabalhos. Quando chegou a minha vez, sentei-me ao lado de uma médium, uma bancária, e ela ficou de cabeça baixa sobre a orientação do seu colega atrás dela, de repente, ela levantou a cabeça e perguntou: “O que você que zim filho! Ao que, respondi: Nada! Com a resposta, ela tornou a abaixar a cabeça como se estivesse dormindo e, o de trás me disse, era a” Vó Cambina da Bahia”, você deve pedir alguma coisa, comigo permanecendo calado, mas, me preocupando com a fisionomia de terror que via no rosto de Andréia, no banco em frente. Minutos depois, com uma voz diferente, a moça tornou a me perguntar o que eu queria momento em que, sem saber por qual razão, disse que ela era a “Cigana Valquíria” e que eu nada queria. Com a minha resposta, a médium tornou a abaixar a cabeça e, ao mesmo tempo, todos os demais ao meu lado foram dispensados e, os médiuns se aproximaram de mim e, sem nada comentarem me determinaram ir para outra sala e sessão, no que obedeci e, um outro medium, passando a mão sobre mim, disse-me que eu estava bem e que apenas “uma veia minha estava com dificuldade”. Finalmente, sai daquele local com Andréia que me disse estar apavorada por ver que a minha fisionomia, naqueles momentos, estava parecendo de um louco ou, idêntica a que apresentava quando estava embriagado. Nunca mais voltei ao “Vale do Amanhecer” e, até hoje, não sei quem é, ou foi, a “Cigana Valquíria” e, por qual razão, a identifiquei na voz da médium que primeiro me atendeu.
—Não tendo sido aceito nos centros que procurei, passei a rezar sozinho e de noite para todas as almas penadas indiscriminadamente e sem nenhuma precedência ou escolha, apenas, pensava numa delas e rezava; a principio, comecei a ver cinzas como que descendo flutuando pela parede branca e limpa de minha sala, para, depois, em dias seguintes, vê-las subindo o que me pareceu, utopicamente, que estaria facilitando tais almas em subir de “plano”. Após deitar-me para dormir e depois de minhas orações, inclusive deitado, passei a pensar, aleatoriamente, nas pessoas que já morreram, com isso, me recordo de almas (ou espíritos) dos quais já tinha me esquecido por anos a fio, e, sempre, me deleito com tais lembranças me sentido como um benfazejo de tais almas, penadas, ou não.
Resumindo, acredito que esteja me desenvolvendo espiritualmente, como diz os espíritas, pela minha própria e livre vontade, indiferente ao fato de estar, ou não, como é o meu caso, ligado a algum centro espírita. O resultado dessas minhas experiências só o futuro me dirá e, Ele, ainda está sendo percorrido por mim e, pelos irmãos de jornada enquanto vivos e, aqui na terra!
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Procurei inserir nestes escritos detalhes da minha vida, dos quais, apenas foram colhidos os que vieram à tona.
Neste primeiro momento, não tentarei pescar novos eventos de minha vida com receio do presente texto desvanecer-se na imaturidade do "escrito”.
Este texto visa, tão somente, delinear fatos ocorridos comigo, não é uma peça acusatória de ninguém e, se fala em algum evento delituoso não apurado ou justiçado, a culpa (se houver) é somente de quem, tendo o poder nas mãos, não atuou para saná-lo no tempo hábil. Qualquer semelhança dos personagens com pessoa ou pessoas da sociedade em que vivemos será mera coincidência.
Plagiando os bons poetas e escritores, devo dizer-lhes:
"Trace os rumos com carinho, pondo firmeza nos traços; que a retidão do caminho dará segurança a seus passos. Se o desespero lhe atordoa, confie à prece o seu grito, que a prece em silêncio voa, e vai gritar no infinito."
"Os freios que tive durante a minha vida, foram necessários ao meu equilíbrio e maturidade, tive de amor a vida cheia e prezando os bons valores, gravei as ofensas na areia, rabiscando na pedra os meus pavores"
Sebastião Antônio BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-6567
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